Inveja e relações de amor
Um outro aspecto que gera muito mal-estar na sociedade, é a inveja despertada, dentro de algumas pessoas, frente às relações de amor. Algumas pessoas não toleram ver dois ou mais indivíduos se quererem bem. Então se incrementa dentro delas um sentimento de intolerância frente à integração amorosa. De acordo com o mundo interno de cada um, encontrarão formas de por em prática este tipo de vivência.
O certo é que a relação de amor, em especial entre casal e pais e filhos, será alvo de grandes ataques. Do direto à identificação projetiva buscarão um jeito de desintegrar a relação. Podemos entender que estas pessoas têm, internalizadas no seu psiquismo, vivências desintegradas, tanto herdadas quanto atuais, que mostram a forma como foram amadas e, por submissão à elas, terminam se portando mal com aqueles que se amam. Atuam ativamente aquilo que sofreram passivamente ao longo da história de vida. Socialmente isto pode ser colocado em prática através de comentários jocosos com respeito à relação de amor entre marido e mulher, tal como chamar de “coleirão”, submisso, mandado, etc., ou entre pais e filhos: filhinho de papai rico.
Os aspectos tanáticos, na história da humanidade, são muito mais aceitos que os de amor. É muito mais fácil parar para assistir uma briga entre dois meninos do que um beijo entre dois namorados. Se for homossexual, pior ainda. Esta intolerância aos aspectos amorosos, que muitas vezes aparece em forma de repulsa, todos nós temos internalizada e colocamos em prática todos os dias, em maior ou menor intensidade. As pessoas mais doentes porão em ação de forma mais destrutiva e intensa que as menos enfermas do ponto de vista psíquico. Mas também serão mais destrutivas consigo mesmas.